Por Fabrício Quadros
Já diria o sábio, gestão e projeto, são a alma do negócio no mundo dos esportes. Principalmente para ter um futuro brilhante em um esporte competitivo como o futebol. Lá se vão alguns anos que o Athletico Paranaense tem mostrado que isso dá muito certo. Aula de gestão, aula de projeto, assim se vão anos que o Furacão, como é conhecido nacionalmente, vem sendo protagonista do nosso esporte amado. O clube ainda não é centenário, tendo completos 97 anos de história, porém, já da indícios que daqui alguns anos irá se tornar um dos gigantes do Brasil.
A cada ano que passa, mais fortalecido fica o clube, com contratações pontuais, jovens promessas reveladas no CT do Caju. Exemplos como o do volante Bruno Guimarães (atualmente no Lyon, da França) e o lateral-esquerdo Renan Lodi (atualmente no Atlético de Madrid, da Espanha) ambos com presença quase que constante na Seleção Brasileira. Mas, o que mais se destacou nestes anos foi o planejamento para as temporadas. Planejamento que teve início no longevo 2013, em que o clube alcançou o vice-campeonato da Copa do Brasil. Neste distante ano o clube começou a utilizar as categorias de base no estadual, abrindo espaço para os jovens mostrarem seu talento, consequentemente diminuindo a carga de jogos para a equipe principal.
Se passaram 9 anos e nada mudou. O planejamento continua o mesmo. O técnico James Freitas comanda o Furacão, enquanto Alberto Valentim realiza a pré-temporada com o time principal para a disputa de Libertadores, Recopa Sul-Americana, Copa do Brasil e Série A. Realmente são necessárias medidas de precaução, em virtude do calendário nacional ser cada vez mais sombrio para os clubes e seus atletas, com desgastes de competições simultâneas e jogos quarta e domingo.
Útil ou não, necessário ou não, este método já comprovou que é eficiente. Nesta “brincadeira” de tirar seus principais jogadores do estadual, o Athletico obteve grandes conquistas nos últimos anos, como o bicampeonato da Sul-Americana, 2018 e 2021, respectivamente. O clube também tem conquista nacional recente, como a Copa do Brasil de 2019, ganha sobre o Internacional.
A verdade tem de ser dita, se todos os clubes tivessem ações como essas do Athletico-PR, melhor seria o nível de competição. Igualar modelo de trabalho não é plágio e sim ambição.