Sim, sei que sou exagerado e muitos de vocês baterão forte nessa tecla, mas a expectativa para o clássico de logo mais só me remete a isso. Há dias, especialmente depois das eliminações vexatórias na Copa do Brasil e os jogos seguintes pelo Gauchão, esse título lateja na cabeça.
É óbvio que por mais morno que seja um Gre-Nal, ele é e sempre será, um Gre-Nal. Mesmo que termine em 0x0, sempre vai haver algum fato relevante pra ser discutido, seja a arbitragem, seja esse ou aquele jogador que não foi bem ou jogou bem demais. Ora, se até o clássico que não aconteceu dias atrás dá o que falar até hoje, imaginem que esse será diferente.
O que quero dizer é que o jogo de hoje é o típico que ninguém quer perder, que por esse medo pode se transformar numa retranca contra retranca, de poucos chutes a gol, de pouca imaginação, da raros lampejos de uma qualidade que nem temos certezas que os elencos têm a oferecer. Talvez a melhor parte do Gre-Nal de hoje seja uma resposta positiva das arquibancadas, sem brigas, sem pancadaria, sem agressões.
Quando o Vuaden apitar o fim do jogo muitos de vocês talvez lembrem de mim, do que escrevi ou apenas do título pessimista, mas, acreditem, o que mais eu quero do confronto de hoje é queimar a língua e ver um clássico cheio de gols, de belos lances e de torcidas cantando e vibrando do início ao fim. Ao auto-estima dos dos grupos e nossa paixão pelo futebol agradecem, pois de futebol bola murcha estamos cansados.