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Caso Gabriel: a sociedade quer respostas

Ouvi há pouco uma entrevista com o comandante-geral da Brigada Militar onde ele confirma em detalhes tudo que vem sendo divulgado, com base em provas testemunhais e laudos oficiais, sobre a morte do menino Gabriel Marques Cavalheiro, em São Gabriel. E confesso que ainda continuo não entendo o que realmente motivos os policiais militares a cometer tamanha covardia.

De acordo com o comandante, Gabriel levou um tapa de um dos policiais, caiu, e, em seguida, ainda no chão sofreu um golpe do que chamam nos autos de “objeto contundente”, que seria um cassetete, na região cervical, o que provavelmente ocasionou a morte do jovem de 18 anos. É possível acredita que ele já estava sem vida quando foi colocado na viatura.

As investigações policiais apontam exatamente para isso, tanto que já foram solicitadas as prisões e a própria Brigada Militar já trabalha no processo de exclusão dos acusados, dois soldados e um segunda-sargento que, aliás, ainda não confessaram o crime. Digo ainda porque creio que a tese de inocência sustentada pelas defesas está com as horas contadas, dadas as evidências apresentadas, e isso que nem todas vieram a público.

A viatura tinha sangue e a apreensão do carro de um dos acusados indica que logo em seguida ele o utilizou, o que corrobora ainda mais com o que foi testemunhado, divulgado e confirmado durante as diligências. Alguma dúvida ainda resta sobre o possível envolvimento de outras pessoas, já que uma outra viatura teria passado pelo local posteriormente.

Minha curiosidade hoje é em que momento alguém irá confessar e contar os detalhes do ocorrido e quem vai explicar o que motivou os policiais, que simplesmente poderiam ter levado o menino para a delegacia por uma possível perturbação do sossego público ou até uma tentativa de invasão de uma propriedade. E não sou o único, tenho certeza. A sociedade espera, ansiosamente, por respostas.

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