COM O FREIO DE MÃO PUXADO – Assim o Grêmio está encaminhando seu retorno à Série A do Brasileirão. Assim como nos tempos de Roger, com Renato o time tem muita dificuldade para vencer seus jogos. E olha que nem estou falando de jogar bem ou deixar uma impressão positiva, menos ainda empolgar o torcedor. O acesso virá, acreditem (e digo isso não é de hoje, é de antes mesmo do campeonato começar, porque os adversários são fracos demais), mas com esse sofrimento e talvez na penúltima ou até na última rodada. Tudo isso por um motivo simples (ou seriam dois?): o elenco é ruim e a base é a mesma que foi rebaixada em 2021. Se a nova diretoria não promover uma mudança radical, 2023 vai ser o terceiro ano seguido de muito sofrimento para os tricolores, especialmente porque do lado rival a boa campanha deste ano aumenta as expectativas de uma temporada com briga direta por títulos.
SE CORRE O BICHO PEGA, SE FICA O BICHO COME – Nos últimos dias tenho feito diversas publicações sobre a atuação da Guarda Municipal e as repercussões têm sido uma mescla de aplausos e críticas. Os aplausos vêm por parte de quem criticava, mas as críticas persistem, o que é difícil de entender. Antes havia reclamações de que a GM não atuava, era inoperante e os guardas faziam vista grossa para infrações, agora as críticas (que vêm de uma minoria) têm a ver com o excesso, alguns falam até em “abuso de autoridade”.
Conversando dia desses com o Júnior Limana, diretor da Guarda, ele me dizia não entender. “Antes criticavam por não atuarmos, agora criticam porque estamos atuando”, disse ele.
É o famoso se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas independente disso, o Júnior deixou claro que tudo faz parte do seu planejamento. Desde que assumiu o comando da Guarda ele falava em orientar, e assim foi, agora, um ano depois, tá na hora de fazer valer a lei. Então, fica a dica aos motoristas pra não vacilarem, pois a caneta vai pegar!
COMBUSTÍVEL MAIS CARO – Não, a Petrobras não anunciou nenhum reajuste de preços. Pelo menos até eu postar essa coluna. Mas há alguns dias venho acompanhando informações de que no Paraná e agora também não Rio Grande do Sul, alguns postos já estão praticando novos valores por conta de reajustes em produtos importados como o etanol. Na sexta-feira passada um diretor da Petrobras comentou em uma live que os valores já estão defasados e que a empresa estuda uma maneira de fazer esses repasses a conta gotas. De acordo com especialistas e entidades do setor, hoje a gasolina está em torno de 9% abaixo do que deveria e o diesel tem defasagem de cerca de 11%. Se vão se confirmar os rumores de que após a eleição não haverá como manter os valores atuais não sei, muito menos a que patamar os valores poderão chegar, mas a realidade é que mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer.
PS.: Aqui em Santiago os preços se mantêm os mesmos das últimas semanas.
POR FALAR EM ELEIÇÕES – Entramos na reta final do pleito e tudo segue indefinido. Na eleição nacional especialmente, pois se juntarmos os números do primeiro turno e as primeiras pesquisas, a corrida parece que será decidida novamente no detalhe. A briga pelos votos do Nordeste é gigante e é diária. E é simples, é lá que as maiores diferenças são registradas. No primeiro turno a região não só emparelhou a votação como foi definitiva para a vantagem pró-Lula, de cerca de 6 milhões de votos.
Aqui é uma análise bem superficial, claro. Não há como arriscar absolutamente nenhum prognóstico, pois o Brasil é gigante e de repente surge um fato novo que muda tudo na última hora, mas pelo que mostram as pesquisas até o momento, são esses 6 milhões que estão fazendo a diferença, o que significa que Bolsonaro precisaria trabalhar dobrado, ou seja, além de angariar votos tem que evitar que seu adversário também o faça. Dia desses, no Cafezinho, fiz uma comparação entre o segundo turno e o segundo tempo de um jogo de futebol. Lula foi para o intervalo vencendo por 3×0. Se não levar gols ou até se levar um ou dois ainda vence, mas a possibilidade da virada existe enquanto não soar o apito final. A vantagem é grande e só administrar não basta, mas parece que Lula e sua equipe sabem disso, ou deveriam saber.