Desde os primeiros minutos da etapa final dava pra ver o técnico Mano Menezes pedindo calma ao torcedor que das arquibancadas “exigia” a entrada de Pedro Henrique. Aos 23 minutos o técnico atendeu o pedido e colocou o artilheiro colorado em campo, mas não exatamente como queira a torcida.
Com um Caxias pressionado e acuado em sem campo, Mano perdeu a oportunidade colocar de vez o adversário contra as cordas (usando um termo do boxe) e simplesmente trocou seis por meia dúzia, colocando Pedro Henrique no lugar de Wanderson, que fazia um bom jogo, procurando a jogada individual e arriscando contra o gol de Bruno. Em um desses lances ele chegou acertar o travessão.
Mano optou pela precaução e preferiu não sofrer com os contra-ataques do time da Serra, assim como aconteceu no jogo de ida, em Caxias do Sul.
Mas valia vaga na final, então a pergunta que fica é: não valeria a pena tentar um trio ofensivo com PH, Luiz Adriano e Wanderson por pelo menos alguns minutos?
Pois é. Poderia dar errado, mas também poderia dar muito certo e o Inter não teria que passar pelo drama das penalidades.
Não foi ele o único culpado pela eliminação, mas dá sim pra colocar na conta dele a maior parcela. Teimosia, falta de ousadia, excesso de precaução, covardia, aí fica a critério de cada um. Nada que vá mudar a história do jogo ou da história de Mano no comando do clube, afinal de contas ele é pago e muito bem pago para tomar decisões como essa em momentos cruciais. Não muda agora, mas logo ali já não se sabe.