Por Fabrício Quadros
Calma, certamente foi o que faltou as gestões passadas e a atual do Internacional, para conceder aos técnicos um tempo maior para desenvolver seu trabalho. O ano é 2010, naquele momento o homem na casamata era Jorge Fossati, uruguaio, que estava a fazer uma bela campanha na Libertadores, que mais para frente o Inter viria a ganhar a competição. Quando Fossati foi demitido, ele tinha alcançado as semifinais de forma heroica após eliminar o Estudiantes, em Quilmes. Na época a direção alegou que o técnico tinha um retrospecto ruim fora de casa, o que culminou com sua saída e a chegada de Celso Roth.
De lá para cá, foram 17 técnicos, com alguns tendo mais de uma passagem, como no caso de Celso Roth, Abel Braga e Diego Aguirre, que nesse período passaram pelo Beira-Rio, duas vezes cada. Alguns estrangeiros depois de Fossati, também foram contratados, como é o caso do conterrâneo e atual técnico do clube, Alexander Medina. Além disso, junta-se a eles, Diego Aguirre, também uruguaio, o argentino Eduardo Coudet, e o espanhol Miguel Ángel Ramirez.
Falta convicção? ou será que é dar tempo ao tempo para o técnico desenvolver seu trabalho e, implementar sua filosofia de jogo? são perguntas que todos os colorados se perguntam ano após ano. Por essa razão em alguns casos, alguns ficam com receio de assumir qualquer equipe do Brasil, pela cultura do futebol nacional de ser denominado como “cemitérios de técnicos”. Sobretudo, no Internacional, a falta de convicção da cúpula colorada no trabalho destes homens, que eles mesmos depositaram confiança quando fecharam um vínculo contratual, é gigantesca.
Observando alguns comentários de torcedores do clube, estes inclusive já questionam a forma de “El Cacique” trabalhar. Se formos levar em conta o período que Medina está a frente do Inter, lá se vão 44 dias, uma pré-temporada de 15 dias, e cinco jogos a frente do time, com duas vitórias, dois empates e uma derrota. Medina ainda está a conhecer seus atletas, muito em virtude, da chegada de reforços e, a saída de outros. Sim, sem restar dúvidas é muito pouco tempo para tirar conclusões sobre seu desempenho a frente do Inter.
Sem dúvidas, será tenebroso se houver um fracasso no Estadual, seja, qual for a fase da queda do clube na competição. O título, daria tranquilidade para Medina continuar seu trabalho. Sobretudo, antes no dia 26, “El Cacique” tem a missão de quebrar o tabu de Coudet e Ramirez, que saíram sem derrotar o rival Grêmio, em suas passagens.
Contudo, a direção, não só eles, mas os torcedores também, devem dar tempo ao tempo para o uruguaio provar que pode mais, e o Gauchão serve para o técnico realizar os testes necessários.