Ao final de 14 rodadas, o que não é nem metade da caminhada que terá que fazer para retornar à elite brasileira, o Grêmio está tendo mais sorte que juízo e a vaga continua ali, toda faceira, se oferecendo ao Tricolor, que não vem fazendo por merecê-la. Após o empate e a atuação muito abaixo da média diante do CSA, o time treinado por Roger Machado contou com tropeços do Sport – que só empatou em casa contra o Brusque – e do Bahia, que perdeu em casa para o Novo Horizontino. Aliás, adversário do Grêmio daqui uns dias, o time baiano ficou sem técnico após o tropeço que custou a cabeça de Guto Ferreira.
Mas a pergunta que precisa continuar sendo feita é: o que o Grêmio está fazendo para merecer essa vaga, tão oferecida?
Ainda sem uma atuação que mereça destaque, o time gaúcho não conseguiu sequer definir um padrão de jogo, característica do técnico Roger, que costuma fazer isso pouco tempo depois de assumir o comando. Se taticamente o Grêmio está devendo, tecnicamente não é diferente. Exceto pelos gols de Diego Souza, que mesmo criticado ainda continua sendo o mais eficiente do time, dá para citar um Geromel impecável e paramos por aí. No demais não há muito a se ressaltar.
Mas aí vocês me perguntam, como pensando assim tu ainda insiste que o Grêmio vai subir? Simples, porque o Grêmio está tendo, como eu disse lá no começo, mais sorte que juízo.
Depois de contratar muito mal e de manter a base quase que completa do grupo fracassado de 2021, incluindo o técnico, a direção tenta encontrar um norte para o segundo semestre, quando contará com reforços como Lucas Leiva, Thaciano, Guilherme e outros dois ou três.
Portanto, estar no G-4 depois de tantos tropeços, atropelos e atuações ruins é um achado que serve também de luz no fim do túnel. Se com tudo isso o Grêmio ainda tem a possibilidade de alcançar o Bahia, terceiro colocado, já na próxima rodada, é possível até sonhar mais alto, como quem sabe garantir o acesso com antecedência. Pra isso o Tricolor precisa recuperar o juízo e fazer um tantinho mais para merecer essa vaga, toda linda, que há horas se oferece para abraçá-lo.